Monday, January 29, 2007

Para refletir...

Na vida ninguém tem o sucesso que acredita, nem fracassa tanto quanto imagina. (Kipling).

Monday, January 22, 2007

Densha Otoko - Homem do Trem


Uma das coisas que descobri há poucos meses é a novela japonesa - ou dorama, como dizem os japoneses ou, ainda, J-drama, como circula pela internet.

Beautiful Life foi a primeira que assisti. Com o meu lindinho Kimura Takuya (os japoneses dizem o sobrenome na frente do nome), chamado de Kimutaku pelas fãs. Já falei sobre essa novela em outro post.

Agora venho falar sobre outra, Densha Otoko, na tradução ficou O Homem do Trem..

É a história de um jovem Otaku, termo usado para se referir á fanáticos por anime. Mas fanático MESMO! Aqueles que geralmente gastam mais da metade do salário em bonecos, cds de músicas ou episódios do anime, mangás, vai em todos os eventos, são fãs dos dubladores do desenho também, sabem de cor todas as falas e poses dos personagens. Enfim, aqueles que não medem esforços para conseguir o máximo possível daquilo que gostam.


No entanto, são vistos também como pessoas estranhas, nojentas e muitas vezes hentai (palavra japonesa que significa pervertido e também é o termo para pornografias). As ditas "garotas normais" jamais saíriam com esses garotos.

Para Yamada Tsuyoshi a sorte pareceu sorrir a seu favor quando, em
um trem, salva uma bela mulher do constrangimento que sentia ao ser abordada por um bêbado.

Aoyama Saori é linda, delicada e gentil. Para agradecer ao seu herói,
ela envia um presente e o número do seu celular. É o começo de uma amizade, onde os sentimentos de Tsuyoshi se confundem muito e ele pede ajuda para seus amigos virtuais. É o ponto forte da novela, quando tais amigos apresentam suas diversas opiniões sobre o conflito de cada episódio.

Em apenas 12 capítulos (que é a média das novejas japonesas) em torno de 45 minutos, a novela mistura comédia, humor e reflexões sobre as atitudes de cada personagem.

Até que ponto uma pequena mentira é válida?
Uma pequena mentira é traição ou pode ser ignorada?

Juízos preconceituosos, inveja, ganância, traumas e amizades são os temas em maior evidência.
Afinal, o que vale mais: a aparência externa ou um coração bondoso?

São esses valores tão reforçados nos animes que fizeram o sucesso da novela Densha Otoko.

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Como também não poderia deixar de ser, preciso recomendar mais duas coisinhas nessa novela:


--->Este é um personagem secundário, mas que é afetado diretamente pela história de Densha Otoko, por que fizera uma promessa que, dependendo do final da história entre Tsuyoshi e Saori, ele iria decidir a própria história! - E convenhamos que esse topetinho...Ah, ele é estiloso!!



---> E esse é o irmão da Saori, Aoyama Keisuke. Lindo, alto, gênio forte e protetor...Enfim, perfeito! Na vida real seu nome é Mokomichi Hayami

Wednesday, January 17, 2007

Castelo de Areia - Moichido

Moichido, em japonês, significa "mais uma vez" ou "de novo".

Imagino que devam estar cansados de ouvir falar em castelo de areia, mas não posso deixar de registrar aqui sobre o castelo que eu construí.

... No meu sonho!

Eu não sei dizer onde estava, apenas sei que o Sol estava forte e por isso estava sentada na areia, debaixo de uma cabana, fazendo "montes" de areia. E esses montes eu chamava de castelo. Tinha a mesma idade de agora, eu não era criança, mas as pessoas me tratavam assim. Era até engraçado. O mais bonito, no entanto, foi quando uma criança se aproximou e ofereceu para mim os seus baldes, pás e outros brinquedos para me ajudar a construir um castelo de areia...

Por isso eu vivo repetindo que os sonhos sempre foram a minha fuga...

Tuesday, January 16, 2007

Sexta feira que foi 12, mas podia ter sido 13!

Da morte ninguém escapa, isso todo mundo sabe, mas ninguém consegue segurar as lágrimas diante da partida de um parente.
Dizem que mãe assistir ao falecimento de um filho é uma dor inigualável, assim como dizem sobre o parto.
Eu já vi minha Batian (avó em japonês) perder dois filhos. Não sei se sua dor foi mais discreta devido a sua origem oriental. Ela chorou, mas pouco falou. Tão diferente da dor de meu avô nessa última sexta feira, 12.
Acho que perder a pessoa que se ama - sentimental E carnalmente falando - é capaz de ser ainda mais doloroso que a dor de um filho. A pessoa que te acompanhou por mais de 60 anos, que viveu os seus sucessos e principalmente te apoiou em seus fracassos.
Aquela cuja qual recebeu uma parte sua, misturou com sua essência e gerou uma nova vida (duas vezes). Aquela que te ouviu nos momentos mais íntimos, a que você escutou sobre suas tristezas e alegrias. A pessoa com a qual você passou "um tempo lindo".

"Que tempo lindo nós vivemos juntos" - disse Eduardo Garcia.

A tristeza é grande. A revolta também. Meu avô acha injusto ele, 12 anos mais velho, ficar e minha avó partir. Chama por minha avó, pede para que ela o busque.
Já estava cansada devido ao enterro ter sido as 9h. Por ser longe, tive que acordar ás 6h. Ver e escutar a dor do meu avô fez me sentir com um enorme peso em meus ombros. Tudo o que eu queria era ir para a casa e dormir.
No entanto, dormir foi a última coisa que fiz nesse dia. Estava na cama, é verdade, mas não havia descansado nada quando o telefone tocou. Na primeira, ignoramos. Mas na segunda vez, meu irmão foi atender correndo. E voltou dizendo:

- Vocês não sabem o que aconteceu!

E, minha imaginação nada dramática já me fez visualizar o enterro de meu avô. Pensei que a dor o tivesse consumido no mesmo dia, mas, GRAÇAS Á DEUS, não era isso. No entanto, o susto foi ainda maior.

- As obras do metrô...Desmoronaram!

Pronto! Agora foi-se a minha outra avó! - pensei.
Ligação, correria. Fomos até lá, mas novamente GRAÇAS A DEUS, a casa dela, na rua acima do acidente, não chegou a ficar na área de risco, apesar de muito próxima. Porém, o prédio de onde vem a clientela da lanchonete foi interditado. Prejuízos financeiros. Aff...
Tentamos levar minha batian para minha casa, mas nada conseguiu movê-la de lá. Ficou com a idéia fixa de que, se for pra morrer, morre junto da minha prima e tia que permaneceriam na casa.
Por fim retornamos.
Um dos dias mais longos que já tive.
Só quero pedir a Deus que cuide da alma de minha avó e das vítimas do desmoronamento.
Dos vivos, cuidamos nós mesmos.

Thursday, January 11, 2007

Castelo de areia...- Tributo

Hoje o vento bateu mais forte.
Um grão não resistiu.
Na corrente de ar, partiu.
É, para todos, um dia chega a morte...
(Karina Garcia)
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Á Dora Greme Garcia
20/04/1926 - 11/01/2006

Seus filhos, netos e todos que a conheceram sentirão saudades.
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Monday, January 08, 2007

O amor

O coração
A paixão
A sensação

Um olhar
Um sorriso
Um carinho

Para se apaixonar
Se libertar
E sair a cantar

Um carta
Uma declaração
Uma conquista

Um beijo
Um desejo
Um sonho realizado

Um ciúmes
As intrigas
E as primeiras brigas

A ilusão
A solidão
E a reconciliação

Uma noite
As trocas de carícias
A primeira vez

Um noivado
Um casamento
Um nascimento.

(Karina Garcia e Marina Fusaro - 2000)

*****
Trabalho de português na oitava série.
Encontrei perdido entre minhas tralhas, enquanto arrumava o quarto. É cada coisa que a gente encontra quando vai arrumar o quarto, muitas coisas velhas, muitas lembranças esquecidas e principalmente muita saudade...

Tuesday, January 02, 2007

Namida...

Namida, palavra japonesa, significa lágrima.

O choro é símbolo de grande tristeza ou intensa alegria, mas em geral é associada ao sofrimento. Eu considero o choro uma forma de escape e desabafo.
É também um modo de saber que estamos vivos. Enquanto choro, sinto meu corpo esquentar. Depois de chorar, sinto-me mais leve e meus olhos inchados se fecham em um sono profundo e recuperador.
Posso dizer que gosto de chorar.
Não confunda. Não gosto de sofrer. Gosto de chorar, por que ameniza o meu sofrimento. Coloco-o todo para fora de mim!
Porém, não há nada pior que ver outra pessoa chorando. Ainda mais se for alguém que eu amo muito. Não sei o que acontece comigo, mas nesses momentos eu travo. Quero abraçar tal pessoa, garantir que tudo vai dar certo, mas eu não tenho essa certeza, esse poder. Meus braços ficam colocados junto ao meu corpo, não consigo fazer e nem dizer nada.
Tento algumas palavras, mas sinto que deveria ter ficado calada. Ás vezes choro junto. Ás vezes choro depois. No geral, não faço nada.
E sempre espero que façam algo por mim.
Sou egoísta e mimada. Eu tenho consciência disso.
Mas quem disse que saber é uma vantagem, se eu não consigo mudar?
No momento só sei que devo dizer uma coisa:
Gomen nasai.
(Desculpa).

Castelo de areia - Ano Novo!

Retornei a praia mais uma vez e, novamente, não construí castelo de areia.

Conheci novas praias de Florianópolis, foram 3 dias e meio divertosos - como diria a Elisa - que passaram na velocidade da luz. Até as quase 10 horas de viagem de ônibus passaram despercebidas.

Na companhia de três amigos, Merso, Bruna e Marina, cheguei em Floripa ás 9h. Já eram por volta das 11h quando chegamos na Pousada da Ilha - muito cara, diga-se de passagem, pelo pouco que oferecia: quarto com ventilador de teto, com janela de frente para um MURO, piscina rasa e constantemente suja e um banheiro minúsculo.

Por outro lado, tivemos sorte. Fizemos reserva no começo da semana passada, dia 26 ou 27, para viajarmos dia 28. Em cima da hora, ainda conseguimos um lugar bom para ficar - mas repito, foi caro, foi-se toda minha graninha juntada com muito esforço do pouco que ganhei durante seis meses + alguns dias sem almoçar + voltar a pé pra casa = vida de pobre não é fácil!

Canasvieras, Praia Brava, Jurerê e Ingleses. Ano passado conheci Balneário Camboriú, Laranjeiras e Joaquina e ela continua sendo a mais linda, nenhuma outra tem o mar com um azul tão bonito. Jurerê e Canasvieiras são boas para nadar; Ingleses e Brava tem ondas fortes. Jurerê é dividida em duas: tradicional e internacional, conhecemos a segunda. Inúmeras casas maravilhosas, só dá gente de grana por lá, que inveja!

A virada passamos em Canasvieras, onde estávamos hospedados. Nunca tinha passado a virada na praia. Não era como Praia Grande e Santos, ambas com inúmeros fogos de artifícios a mais do que explodiram por lá, garantiram Bruna e Marina, ainda assim eu gostei bastante.

Há muito tempo que, tanto o natal quanto o ano novo já não é tão empolgante em casa. No bairro, os fogos vão diminuindo a cada ano. Cada vez menos pessoas vão andar no carro de bombeiros á meia noite.

Voltando á Canasvieiras, pulei as sete ondas.
Aliás seis.
Na última, de acordo com a Bruna, não se pode pular, deve-se deixar a onda molhar seus pés apenas. Ainda de acordo com ela, é um pedido por onda, mas eu fiz o mesmo nas seis.

Será que vai ter mais força para se realizar? Levando em consideração que fiz o mesmo pedido no Tanabata Matsuri deste ano? E sempre que vejo uma estrela no céu desejo a mesma coisa?Não sei.
Só sei que é divertido pensar que pode se realizar. Dá uma certa tranquilidade e, mesmo que não se realize, não há frustração - ao menos não para mim. Ah e também jogamos champagne - não lembro exatamente o que era - para Iemanjá e reforcei meu pedido!

Após os fogos e os pedidos, fomos escutar o show da Ivete. (Poeiraaaaaa!!! Levantou poeeiraaa). Apenas escutar, por que estavamos do lado de fora. O show era atrás da pousada em que ficamos. Gostaria de ter ido, a princípio, mas iria ficar com pouco dinheiro e no fim teria ficado muito puta da vida, por que a apresentação dela durou apenas 1h30. Achei pouco para uma apresentação de ano novo, enfim...Escutei e dancei de graça e como não esperava por um show, saí no lucro.

Como nem tudo pode ser belo, regressei á Sampa. Esta cidade repleta de castelos de pedras que eu amo e não conseguiria viver longe desse barulho e agitação de cidade grande!


Feliz 2007 para todos nós!