Sunday, June 29, 2008

Sobre sexo e cidade!

Hoje fui assistir Sex and City no cinema, com duas amigas, a irmã e a amiga da irmã de uma delas. Confesso que nunca assisti ao seriado. E se a trama da série também é voltada para casamento e o homem ideal, acho que não conseguiria assistir por muito tempo. 2horas e 25 minutos foram o suficiente!
É engraçado, é entretenimento. Mas não sei porque esse medo todo de casamento, essa insegurança masculina de oficializar um romance que já dura há, pelo que eu entendi do filme, dez anos. Dez anos é uma vida, é um casamento por si só. A cerimônia é apenas uma oficialização daquilo que já estava sendo consumado.
Perder a liberdade? Depende. Se o que considerarem como liberdade for catar um monte de mulherada...Na teoria, você também não pode fazer isso enquanto namora. Também seria de boa educação não o fizer enquanto está 'enrolado' com alguém.
De qualquer modo, também não entendo o lado feminino. Não digo sobre encontrar o homem ideal, mas...Pra que toda essa papagaiada de vestido de noiva?A personagem principal se deixa envolver tanto pelo seu entusiamo com a preparação da festa de casamento que assusta o noivo - não é pra menos...Uma festa com 200 convidados????
Ninguém tem tanto parente assim. Pelo menos não parentes próximos e não os desejáveis para uma festa tão íntima. Eu não tenho esse número de pessoas nem no meu orkut!Talvez eu não entenda por que não passei por isso ainda.
De qualquer modo, não sei pra que tanto medo e tanta bajulação em torno de algo que hoje em dia é tão solúvel quanto açúcar na água. Divórcio. É alto o número de pessoas que se divorciam em poucos anos de casados. É uma pena, muitas pessoas não levam o casamento a sério e nas primeiras dificuldades se divorciam. Mas ainda assim, é grande o número de homens que tem medo do matrimônio e grande o número de mulheres que sonham em se casar de véu e grinalda.
Em um vestido branco.
É um tanto contraditório.
Acho que eu ficaria satisfeita em apenas encontrar aquela pessoa que vai segurar a minha mão, até ela ficar enrugada pela passagem do tempo. Sem toda essa papagaiada de véu e grinalda. As mulheres podem achar o vestido mais bonito do mundo, mas ele ainda assim vai ser aquilo que deixará o noivo com muito, muito medo!
Claro que há exceções.
Enfim, no geral, é um filme assistível.
Mas não pagaria 9 reais para assistir sem a companhia das minhas amigas.

Saturday, June 14, 2008

Entrei na faca...Ou melhor, na tesoura!

Ninguém merece!

No século XXI, o mal do ser humano é o emocional. Sei que rimar é exdrúxulo, mas não consegui pensar em outra palavra. Depressão, estresse, ansiedade. Quem não sofre disso hoje em dia?

O problema é quando um desses itens começa a dar sinal físico, como foi o meu caso. Não foi a primeira vez e, me conhecendo, não será a última. E não por coincidência, essas coisas tendem a piorar no fim de cada semestre. E, convenhamos, este foi o pior de todos os semestres.

Enquantos alguns discutem, o meu estresse se reflete em minha saúde: gripe atrás de gripe, febre alta, dor aqui, dor ali...Aff!

Pois bem, para brindar a entrega do primeiro capítulo do TCC, tive que fazer drenagem de um cisto. Esse nome parece pomposo, mas na verdade se trata de uma operação bem simples: tesoura, mão do médico e nada de anestesia!

Eu não sou de fazer escândalo. No máximo choro baixinho. Confesso que não derramei nenhuma lágrima durante o processo [Aeeee] mas...Dói! E dá muita aflição saber que tem alguém cortando sua pele com uma tesoura. Ainda que seja de operação.

De qualquer modo, me rendeu uma semana sem ir na faculdade. O que eu realmente estava precisando, mas por outro lado pode me viciar. Não quero mais voltar pra facul! rsrs

Graças a Deus, só resta mais um semestre.
Minha saúde agradece!

Friday, June 06, 2008

Sobre amores frustrados...

Não, eu não vou falar sobre minhas experiências, ainda mais por que meu histórico de amores frustrados não é tão extenso assim a ponto de virar um artigo...

Amores frustrados é o tema que eu vi o diretor Wong Kar Wai retratar em três filmes: Amor à flor da pele, 2046 - Os segredos do Amor e, recentemente, Um beijo roubado.

Confesso que, ao ler a sinopse deste filme, na época da 30º Mostra Internacional de Cinema (desculpem, não lembro o ano), fiquei bastante interessada, mas as críticas negativas me desanimaram. O elenco também não foi muito inspirador. Preconceito? Pode ser que seja. A idéia de cantora que decide ser atriz ainda é meio complicada de engolir a seco, embora eu aprecie isso nos produtos da indústria cultural japonesa (as novelas japas são recheadas de cantores atuando).

Eu assisti aos filmes "Amor a flor da pele" e sua seqüela "2046 - os segredos do amor" na época em que fizeram parte de um ciclo de filmes orientais no Cinusp. Tenho que admitir que minha maior motivação para assisti-lo foi a participação do ator japonês Takuya Kimura no segundo filme. No entanto, por conta dessa experiência, eu descobri um talentoso diretor. Seu modo de dirigir é delicado e romântico, com cenas escuras, lentas, belas trilhas sonoras e cujo foco maior é sempre o amor e suas vertentes.

Ambos os filmes merecem uma análise bem profunda e mais técnica, principalmente por que o estilo de filmar do diretor Wong Kar Wai é diferente, mas para o meu post, vou me concentrar no enredo e na questão do amor.



Em "Amor a flor da pele" temos o romance proibido de um rapaz, interpretado por Tony Leung, e uma moça, vivida pela famosa Maggie Cheung, vizinhos, cujos respectivos pares estão sempre ausentes. Apesar da facilidade para consumarem uma traição, isto não fica explícito no decorrer deste filme, nem em sua sequência.

Já no filme "2046", o protagonista está de volta, mas a sua paixão inesquecível resume-se em cenas de memórias. Ainda que ele se envolva com outras mulheres durante esta película, nenhuma delas consegue superar o seu velho amor.

Ele está escrevendo um livro, baseado em cenas e pessoas do seu cotidiano, no qual os protagonistas estão em um trem futurista em busca de suas memórias e retrata um amor "impossível" entre uma ciborg e um rapaz.
Ambos os filmes possuem uma fotografia indescritível, além do estilo próprio de Wong Kar wai (cenas escuras, slow motion).

Essa era a base que eu tinha antes de assistir "Um beijo roubado". Nesta produção, mais uma vez estamos diante de um amor frustrados.

Norah Jones é Elizabeth, uma mulher que descobre-se traída e por fim abandonada por seu namorado. Apóia-se nas conversas com o dono de uma cafeteria, Jeremy, interpretado por Jude Law. A protagonista parte, então, para uma viagem de auto-conhecimento. Depara-se com outros personagens frustrados em relacionamentos afetivos, seja com o ex-marido ou em uma relação conflitante com o pai. A partir desse momento, Elisabeth passa a ser uma observadora do mundo. Assiste aos dramas das pessoas em sua volta e aos poucos consegue reformular seus sentimentos até estar pronta para retornar ao seu ponto de partida: o café de Jeremy.

É mais um filme que discute amor. E mais um filme em que as falas e os personagens são mais importantes que os lugares e os cenários. Se o telespectador deixar passar algumas frases, perde-se o fio da meada e acaba desconhecendo a história e mesmo alguns personagens.

Por exemplo, o namorado de Norah Jones no filme só aparece entre as conversas das personagens Elizabeth e Jeremy, assim como o pai da jogadora de pôquer, ele não precisa aparecer para termos sua imagem em nosso imaginário devido as experiências divididas de sua filha com Elizabeth.

Assim como nas outras películas, o modo de filmar/gravar as cenas é diferente. É peculiar. É Wong Kar Wai.
É verdade que essa forma de filmar, em slowmotion, com cenas granuladas, como se fossem um filme antigo, e cores fortes, torna-se cansativa quando usada em excesso. Além disso, há cenas que nos fazem lembrar dos filmes anteriores, principalmente de Maggie Cheung em “Amor à flor da pele”, fato que levou alguns críticos a dominarem “Um beijo roubado” como remake americano do outro filme.

Ainda assim, embora não seja um filme espetacular, é totalmente válida a primeira experiência do diretor em solo americano. Principalmente para quem curte e acompanha o trabalho deste diretor chinês.

Enfim, é um filme que se pode perder algumas longas linhas em discussão, numa tentativa de desconstruí-lo para absorvê-lo por completo. Mas o foco não é esse.

Há questão é: neste três filmes, os protagonistas são personagens frustrados com o amor. Ainda que Elizabeth consiga superar essa frustração para poder, enfim, entregar-se aos braços de Jeremy, ela teve que passar por várias experiências para amadurecer e chegar a este nível. Mas o personagem de Tony Leung não o consegue.


Seria o próprio Wong Kar Wai frustrado em relacionamento amorosos? Não sei. Não o conheço tanto assim. Gostaria de assistir a Happy Together (uma das produções bastante aclamada do diretor), sobre um romance gay, para saber se também é um amor frustrado!





Norah Jones e Jude Law na cena mais bonita do filme.

PS: LEIAM AS RESENHAS SOBRE "AMOR A FLOR DA PELE" E "2046" NO SITE DA ZASHI!!!