Sunday, November 26, 2006

Me mandaram pro Inferno...E eu me diverti!!

- E aí, vamos pro inferno?
- Hein? Que inferno?
- Na rua Augusta!
Convite estranho...
Como assim me mandam ir para o inferno na cara de pau e desta vez eu nem tinha feito nada! Na verdade, trata-se de uma casa de rock lá na Augusta.

- Ah, rola umas pessoas estranhas!
- Estranhas como?
- Ah, estranhas!!

De início estava ficando desanimada. Não entendo nada de rock, só as minhas bandas preferidas - Engenheiros do Hawaii, Titãs, Nenhum de nós, CPM 22 - rock nacional, rock brazuka.

Borderlinerz??
Flaming Moe??

Nunca ouvi falar nada deles na minha vida até então. Mas como diz a música "Novos Horizontes" do Engenheiros, é preciso "explodir as grades e voar, não tenho para onde ir, mas não quero ficar...Novos horizontes, se não for isso o que será?"
Então, eu fui.

Troquei a H. News pelo Inferno...
Tudo começava a conspirar contra.
Choveu muito.
Fizemos um esquenta antes numa padoka - aliás, eles fizeram, dessa vez não tomei nada, quis evitar ficar zuada e estragar a noite dos outros de novo.
Enfim, pisei na poça, tomei chuva, mas enfim chegamos na Augusta 501.

E foi muito louco!!
Pq meus amigos ficaram loucos!!
Dançamos, ELES cantaram, por que eu não conhecia uma música sequer, e zuamos.
Rolou até gelo nas roupas e cabelos molhados de cerveja...

E curti bastante a música "Bula" do Borderlinerz -

"Os sintomas são frequentes, me segura estou caindo, a resposta é devagar, a resposta é devagar, a resposta é devagar. O tempo passa e o efeito vai perdendo a sua ação. Paranóia traz de volta a dor no meu coração. Não, eu não sei mais se eu vou em frente ou volto atrás...Aumentar a dose da medicação"

Fui para o inferno no fim de semana e recarreguei as minhas energias para aguentar o inferno da faculdade.
Aula de rádio com Bufah em plena segunda, ninguém merece...

Enfim, vão todos para o Inferno...Club!!

Sunday, November 19, 2006

Família, família...Papai, mamãe, vovó, titia...

Quando eu era criança, tinha o costume de ir aos domingos almoçar com meus avós.
Um domingo era frango assado - prato preferido do meu irmão - no outro, era macorronada, o meu preferido.
Reuníamos-nos em torno da mesa e os adultos conversavam, enquanto as crianças se esbaldavam na Coca-cola.
Crescemos.
Perdemos esse costume.
Em casa, todos almoçavam no seu próprio horário, assistindo televisão, na cozinha ou na frente do computador.
Então, meu irmão foi para o Japão.
Comecei a faculdade, á noite e o estágio de manhã. Deixei de ver meu pai durante a semana, o via apenas de sábado e domingo. Ás vezes só nos domingos, pois ele costumava sair de sábado de manhã e eu á noite, então só no dia seguinte nos víamos.
Alguns anos se passaram.
Meu irmão voltou e, de repente, em um sábado, estávamos novamente em torno de uma mesa, conversando animadamente. Agora as crianças participam das conversas.
Foi gostoso.
Mas não tão bom quando a família se reúne quando falta luz.
Sem televisão, sem computador, sem rádio...A opção é conversar no escuro. Tirando fotos com a máquina digital.
- Não tira foto no escuro, depois aparece algo "a mais" na foto...- comenta meu irmão.
- Não tirem o chinelo de borracha, tá trovejando! - diz minha mãe.
Eles dizem que não acreditam disso, mas também não tem certeza de que não seja verdade. Na dúvida...
No escuro, invadimos o quarto dos nossos pais. Na cama de casal, meu irmão, minha mãe e eu. Meu pai já não cabe mais na cama também, por que meu irmão cresceu demais. Então ele deita no colchão.
Risadas, muitas risadas.
Meu pai é um palhaço, meu irmão também.
Minha mãe e eu também fazemos as nossas graças.
Foi divertido.
A luz volta.
Meu irmão vai assistir televisão.
Meus pais vão escutar rádio.
E eu volto para o pc para escrever este texto e só para registrar: adoro meus momentos familiares!

Friday, November 17, 2006

Na infinita Highway...

"Você me faz correr demais
Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto,
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar
Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver

Sem motivos nem objetivos
Estamos vivos e isto é tudo
É sobretudo a lei
Dessa infinita highway
Quando eu vivia e morria na cidade
Eu não tinha nada, nada a temer
Mas eu tinha medo, medo desta estrada
Olhe só! Veja você!
Quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E, à noite, eu acordava banhado em suor
Não queremos lembrar o que esquecemos
Nós só queremos viver
Não queremos aprender o que já sabemos
Não queremos nem saber
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei
Da infinita highway
Escute garota, o vento canta uma canção
Dessas que a gente nunca canta sem razão
Me diga, garota: "Será a estrada uma prisão?"
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre
Se tanta gente vive sem ter como viver
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe onde quer chegar
Estamos vivos sem motivos
Mas que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entre linhas do horizonte
Desta highway(?) Silenciosa highway
"Eu vejo um horizonte trêmulo
Tenho os olhos úmidos"
"Eu posso estar completamente enganado
Posso estar correndo pro lado errado"
Mas "A dúvida é o preço da pureza"
É inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo "Não corra"
"Não morra", "Não fume"
"Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes"
Minha vida é tao confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute garota, façamos um trato:
"Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato"
Eu posso ser um Bealte
Um beatnik, ou um bitolado
Mas eu não sou ator
Eu não tô à toa do teu lado
Por isso garota façamos um pacto:
"Não usar a highway pra causar impacto"
Cento e dez
Cento e vinte
Cento e sessenta
Só pra ver até quando
O motor aguenta

Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclet de menta
E a sombra de um sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway"
Música: Infinita Highway - Engenheiros do Hawaí

* * * * *

Ontem, numa conversa via msn, tornei 'concreto' o que já estava dentro de mim. Concreto entre aspas, por que só ficou registrado virtualmente...Enfim, o que importa é que traduzi em palavras aquilo que há muito estava sentindo...- principalmente devido ás aulas de T. Comunicação- ...A futilidade da vida capitalista. Sei que é uma coisa óbvia, mas não deixa de ser menos frustrante pensar que não adianta nada sofrer tanto (faculdade, trabalho) para, no fim, conseguirmos apenas dinheiro para sustentar nossas necessidades criadas pelo próprio capitalismo e, além disso, deixar tudo para trás quando morrermos.

Aff...
É zuado.
Mas é um ciclo vicioso.
Será que alguém consegue sair dele?
Eu não.
Eu continuo querendo ir para o Japão, viajando de avião, para curtir os eletrônicos, os enlatados japoneses, roupas - apesar de ter umas 50 blusas em meu armário.
Mas não tenho dinheiro.
A solução? Só trabalhando mais. Só me estressando mais. E adiando sempre o plano de sair viajando pelo mundo. (Por que nunca terei dinheiro para isso). Só se for andando, como sugeriu o Alann. Mas acho que nem chegaria á Osasco, desistiria muito antes disso.
Enfim...Bola pra frente, por que, afinal, "tempo é dinheiro".

Tuesday, November 14, 2006

Amizade Virtual!

Há ainda muito preconceito em torno das relações que mantemos virtualmente, por medo e insegurança, pois nunca temos total garantia de que a pessoa do outro lado está dizendo a verdade. É claro, com tanta gente falsa que encontramos AO VIVO em nossos caminhos, é muito compreensível esse temor.

Por outro lado, quando encontramos uma pessoa sincera na internet, não há coisa melhor, porque conhecemos primeiro o interior dela através das frases que lemos no monitor, dentro dos quadros de bate-papos. Conhecemos primeiro suas idéias, seus gostos, suas reflexões, seus sentimentos. E somente depois disso conhecemos o seu fisíco. Deixamos nossos vicíos de lado e nós mesmos nos tornamos mais sinceros, aprendemos que nem sempre a beleza importa, por que depois que conhecemos o interior de uma pessoa, a questão da beleza fica em segunda, terceiro, até em último plano. Ás vezes nem tomamos conhecimento da beleza física.

O que é o ideal, pois a pessoa se torna linda pelos seus pensamentos e atitudes. Eu tive sorte. Tenho amigos ótimos que estão do meu lado - literalmente - todos os dias. Mas também tenho aqueles que, mesmo á distância, estão torcendo por mim. É o caso da Luciane, ou mais conhecida por Lucy.
Há seis, quase sete, anos atrás, nos conhecemos em um bate-papo da Uol - através de, na época, um amigo em comum - desde então, ela se tornou essencial para mim. Quando tenho um problema, corro para conversar com ela. Quando acontece algo de bom, é uma das primeiras a saber. Temos tantas coisas em comum, que nos consideramos irmãs.

Esse ano, nossa amizade passou do mundo das idéias - será que posso denomiar a internet dessa maneira? - Para o mundo real. Em meados de Julho, ela passou alguns dias em casa. Foi a primeira vez que nos "vimos", mas como nossa amizade sempre foi muito sincera, não houve constrangimento ou timidez alguma.
Parecia que ela era uma amiga que ficou um tempo longe de casa e que estava retornando ao seu lugar. Essa foi uma visita muito corrida - chegou na sexta, foi embora no domingo no começo da tarde. Agora, no feriado do último dia 02, ela passou um pouquinho de tempo a mais por aqui e curtimos muito. Desde trabalho de rádio, até o abraço de despedida na estação.
Por isso digo que a qualidade de interação á distância supera os diversos mal-entendidos que ocorrem na internet (que não deveriam ocorrer para aqueles que querem ser jornalistas, pois devíamos escrever o mais claramente possível, caso contrário nossos leitores também sempre entenderão de maneira errada).

Temos sempre que usar a tecnologia á nosso favor, apesar dos seus defeitos e reconhecer os seus bons frutos, ao invés de sempre realçar a maçã podre.

Sonho muito doido!

- Vamos logo, Elisa!
- Mas os elevadores estão proibidos!
- Mas se não fizermos isso, chegaremos atrasadas!!

Nós estavamos discutindo em um luxuoso quarto de um prédio comercial. Sim. Quarto, com cama e guarda roupas, em um prédio comercial.
- Ai, isso não vai dar certo...- resmungou a garota de descendência indígena e cabelos longos ondulados. Seus olhos amendoados refletiam a sua preocupação em estar fazendo algo errado.
Eu já estava irritada com a indecisão de Elisa. Por fim bufei e, praticamente arrastando-a, caminhei até o hall dos elevadores. Estava vazio.
- E esse elevador que não chega nunca!! - comentei.
- Talvez por que elesestejam...Dããã...Ahhh...Proibidos??? - comentou Elisa, sarcasticamente. E FOLGADAMENTE.
Não lhe dei bola e sorri quando finalmente a porta do elevador se abriu. Entramos e apertei o botão do térreo. Entretanto, assim que a porta tornou a se abrir, no andar desejado, nós demos de cara com um enorme e mal humorado segurança, que arregalou seus olhos por nos ver no elevador e já sacava o seu walk-talk para avisar a equipe de segurança, mas fui mais rápida e apertei o botão que fechava a porta.
- Eu avisei! Eu avisei! Eu disse, não disse? - repetia Elisa.
Eu a ignorava, pensando em um jeito de sairmos daquele prédio. Descemos no primeiro andar e corremos pelas escadarias. Já próximas á saída do térreo, novamente encontramos aquele segurança mala e a perseguição recomeçou.
Nós, porém, conseguimos driblar com facilidade a guarda e finalmente chegamos á rua, onde entramos em um táxi e seguimos para o nosso destino: a faculdade.

* * * * *
Era uma sala totalmente desconhecida, mas agíamos como se fossemos íntimas dos demais alunos. Enquanto a aula não começava, resolvemos brincar de pega-pega (?) com os meninos da sala.
A professora chegou no momento em que todos estavam se jogando em cima de mim e eu só sentia o peso de um japa de cabelos cumpridos em cima de mim.
A professora riu e apenas pediu para que todos se sentassem logo, pois tinha um aviso muito importante:
- Minhas crianças - disse ela, uma mulher de uns quarenta anos, cabelos curtos e loiros, olhos azuis. - Hoje temos uma aula muito importante! Hoje iremos aprender a nos defender dessa grande ameaça que paira sobre São Paulo.
Não, não era o PCC. Em grande estilo harryportiano - se é que existe tal termo - a professora estava ensinando como se defender de um monstro que devastara as cidades do interior e se aproximava da capital.
- Bom, dividam-se em duplas e prestem bastante atenção! Vocês devem sempre carregar com vocês, essas esponjas! - e ela mostrou inúmeras esponjas de variadas cores, mas as mais fortes eram as azuis - E aperta-las assim! Meninos, imaginem que vocês estejam apertando as...Bem...As esponjas das suas namoradas! Isso, com gosto! Exatamente dessa maneira!Apertem na direção do inimigo e vocês verão que irá surgir a barra de vida do monstro e quando ela esvaziar, vocês conseguirão derrotar o inimigo!!
Faltava apenas tocar uma música a lá melhores filmes americanos sobre força e coragem, para incetivar o discurso. Era quase um clima de guerra (ainda que com um monstro desconhecido) e patriotismo.
Entretanto, como também em um filme americano que atinge o seu climax, é nesse momento que uma forte ventania toma conta da sala. Rapidamente a sala de aula foi destruída e os alunos dispersados. Jogados em pequenos grupos pelo local, eles se agarravam em qualquer lugar que estivessem ao seu alcance.
Muitos não conseguiram.
Entre eles, a professora.
Eu me vi separadas de minhas amigas Alline e Elisa, e sentia meus dedos escorregarem do poste de luz com a pressão do vento, que na verdade era o ar sendo sugado pelo monstro. Sentia-me irremediavelmente perdida, mas foi então que senti uma mão me segurar. Olhei para cima. Era Marina. O que ela estaria fazendo ali? Tão longe de casa?Naquele momento não havia espaço para perguntas. Com uma força que desconhecia em minha amiga, Marina conseguiu nos manter seguras contra o vento.
Então tudo se acalmou.
Olhando ao redor, notei que sobraram poucas pessoas. E não podia chorar, não podia perder tempo. Explicando rapidamente á Marina o que estava acontecendo, nós nos aproximamos dos sobreviventes. Entre eles, um rapaz, que vou chamá-lo de Leonardo, por não conhecer o seu verdadeiro nome.
Léo disse que precisávamos encontrar as esponjas, mas elas haviam sido jogadas para longe, entre os destroços da faculdade.Formamos uma equipe de busca. Éramos em dez pessoas:Marina, Léo, eu, uma outra garota japonesa, que chamarei de Mia, dois amigos de Léo, Bruno e Rafael e mais quatro pessoas que tiveram pouca ou nenhuma participação, como os figurantes de LOST.E a nossa jornada começou.
Entre as ruas desertas e destruídas de São Paulo, mais precisamente no caos de uma avenida Paulista - e não estou falando do trânsito - caminhamos em direção ao metrô, local em que seria realizado o segundo confronto com nosso temido inimigo.
Descemos as escadas da estação Consolação e embarcamos no primeiro vagão, sem nem ao menos nos indagarmos por que diabos, em meio a tanta confusão, o metrô não sofrera nenhum dano e continuava a funcionar normalmente e...Pior, em uma cidade deserta, quem estava controlando o metrô?
Essas dúvidas, entretanto, não passaram em nossas mentes. Conversavamos poucos, pois temiamos perguntar pelos nossos amigos que não estavam ali presente, embora todos soubessem as respostas. Estava um clima de luto péssimo, sentia a angústia crescer dentro de mim, mas foi substituída por medo quando novamente vimos tudo ao nosso redor ser sugado pelo inimigo.
Novamente resistimos, embora não sem perdas, e o grupo diminuiu mais uma vez. Sobramos Marina, Léo, Mia e eu.Finalmente chegamos ao nosso destino. Era uma espécie daqueles brinquedos que as crianças vivem se pendurando, só que em proporções muito maiores. Era azul.
Escalamos sem muitas dificuldades, até eu. Foi então que o Léo finalmente encontrou as famosas esponjas e, inclusive, eram as azuis.
Eis que nos vem o flashback da aula.
Em nossas mentes, a professora repetia sua lição.
"- Bom, dividam-se em duplas e prestem bastante atenção! Vocês devem sempre carregar com vocês, essas esponjas! - e ela mostrou inúmeras esponjas de variadas cores, mas as mais fortes eram as azuis - E aperta-las assim! ".
Então Léo se prontificou a encarar o monstro, ele iria se sacrificar. Ele era parecido com o Keanu Reeves! (Não sei se com Neo ou Constantini, ainda que na cena do metrô lembrava "Velocidade Máxima").
Dessa vez, vimos o monstro. Era uma espécie de cobra gigantesca, mas com cara de dragão e de cabelos Loiros-palha-de-vassoura. Era surreal, para não dizer bizarro. Léo sacou as esponjas e as apertou com fúria. Era hilário. Mas no momento, fiquei desesperada. Percebi, então, que ele era meu grande amor e não podia perde-lo assim. Corri até ele e...Apertei as esponjas com fúria também...Ao som de "I can't live", do Air Supply.
E a barra de vida do monstro surgiu em nossa frente e com alegria vimos a cor amarela ir desaparecendo aos poucos. Quando sumiu de vez, o monstro desabou. E desabou também, o Léo.
Não sei por que só ele se foi.
Chorando, sentei-me em um canto. Nesse momento, em um prédio próximo, as luzes das janelas se acenderam, iluminando aquela trágica noite. A porta do prédio se abriu. E de lá, saiu um pastel...(não literal, fique bem entendido).
Ele aproximou-se de mim e, cruelmente, disse:
- Ainda bem que ele morreu!
E minha resposta, muito conexa com o assunto, foi:
- A culpa não foi minha! Eu só tô brincando!
Ele:- Sei.
Eu começo a rir loucamente. E a camêra vai se afastando, exatamente como no final de um filme.
Mas era apenas o final de um sonho...Muito louco!

* * * * *
Lembrei de uma conversa sobre sonhos que tive com uns amigos, no prédio de um amigo, há muitos dias atrás, sobre a interpretação de sonhos. Por favor, interpretem esse que, por mais que eu tente, ainda não consigo entender o significado essencial. Algumas coisas ali ou aqui, tenho as minhas idéiazinhas, mas, num geral, creio que foi só pra dar emoção...Já que na vida real não há nenhuma...Pelo menos não tão forte quanto as que senti durante esse sonho.

Thursday, November 09, 2006

I wanna play a game!

Como acontece em muitos filmes - praticamente todos nos últimos anos - a sequência se tornou inevitável.

Pânico 1, 2, 3.

Não é mais um besteirol americano 1, 2.

Harry Potter 1, 2, 3 (Tudo bem, dou um desconto por que gosto dele e também por que há sequências no livro e não poderia ser diferente no cinema. Claro, não tira o fato de ser puramente comercial, mas tudo bem).

Daqui a pouco até drama e romances começarão a ter continuações.
Não vejo nenhum problema em ter continuação, mas a maioria é simplesmente para enxugar o lucro até a última gota e geralmente o segundo, terceiro, quarto filme é pior que o primeiro.
Por isso, geralmente vou com um pé atrás para assistir uma continuação.
Para minha total surpresa, Jogos Mortais é um dos melhores filmes de suspense dos últimos anos. E minha admiração aumentou quando assisti Jogos Mortais 2. É tão bom quanto o primeiro!!
O terceiro eu duvidei, mas o cara que escreveu o filme - desculpem-me, eu não sei quem foi - conseguiu!! É muito bom também!!
Se o Michel Myers não se cuidar, vai perder rapidinho o posto de meu assassino preferido!



Tuesday, November 07, 2006

Velha infância...

É engraçado como certas coisas acontecem ao mesmo tempo para nos fazer refletir.

Num dia eu li o texto "Eu já tive um relógio digital", escrito por Janaína Pereira, minha colega de classe na faculdade. Ela faz uma viagem no tempo ao recordar das tendências dos anos 80.
Eu nasci em 86, mas recebi as últimas gotas dessa época, que me possibilitaram fazer a minha viagem no tempo nas palavras da Janaína...
No dia seguinte, meu irmão vem conversar comigo sobre a nossa infância.
Uma outra viagem ao tempo, desta vez acompanhada - muito bem acompanhada, diga-se de passagem e não só por que é meu irmão, mas por que ele contribuiu muito para algumas lembranças perdidas.
Ele é apenas 1 ano e 4 meses mais velho, mas lembra de mais detalhes do que eu da época em que tinhamos nosso 4 ou 6 anos. Ele me cedeu algumas peças do quebra-cabeça que faltavam para montar com maior nitidez a paisagem do nosso passado. Lembramos de brigas, brincadeiras, brinquedos, acidentes.
Meu irmão resgatou um baú. Um baú onde ficava todas as nossas tralhas. Tralhas que esparramavamos pelo chão do quarto, da sala, da cozinha, da casa toda. Abri esse baú em minha mente e dele saltaram inúmeras memórias e histórias.
Foi como abrir uma porta trancada.
Nostalgia pura.
E hoje, enquanto escrevia esse texto na aula de Jornalismo comparado, o professor relembra programas dos anos 80. Mais um fato que me remete ao passado. E eu me perco novamente naquela época em que, no horário de verão, ás 19h, ainda claro, sentava no terraço de casa para tomar sorvete sentada na janela, ao lado do Bettinho e ás vezes do nossos pais.
Ou quando, nas noites de natal e ano novo, subíamos no tanque de lavar roupa para espiar os fogos de artifícios desenhando figuras no céu noturno.
Vejo-me novamente sentada diante da televisão, assistindo aos nosso programas preferidos: Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion, Changerman. Anos incríveis - sim, afinal, eu FUI a Winnie Cooper um dia - Um amor de família, Doug, Castelo Ratimbum, entre outros.
Guerra de meias no escuro, montar cabana no próprio quarto, jogo "Explosão", Barbies e Comandos em Ação, corre cotia, amarelinha, bolinhas de gude. Passamos por tudo isso, mas trocamos tudo pelos video-games. Master System, Super Nes, Playstation, Nintendo 64, que foram substituídos pelo computador...Somos a geração que cresceu diante da tela dos eletrônicos. Mas também fomos crianças que brincavam na rua, andavam de bicicleta, patins.
No fim das contas, essa mistura me proporcionou a elasticidade para me adaptar ao novo - internet, e-mail, MSN - sem desprezar ovelho - carta, telefone.
Tenho 20 anos, ás vezes acho pouco, mas relembrar de tudo isso me mostrou que já tive muitas experiências. Lembrei de tudo com muita saudades, mas tenho consciência de que essa parte da minha história já se foi, mas que outras coisas ainda virão. Vivemos eternamente construindo nossa história. Cada dia vivemos uma coisa novas, aprendemos algo diferente.
Agradeço muito ás pessoas que fizeram, fazem e farão parte da minha história. Com um pedacinho aqui e ali, vocês me ajudam a me construir um pouquinho todos os dias.
Domo Arigatou Gozaimasu!!
(Muito Obrigada)

Sunday, November 05, 2006

Deixei de ser Winnie Cooper!!

- Winnie! Você parece a Winnie Cooper!
- Você assistia Anos incríveis?

- Você parece a namorada do Kevin Arnold, sabe?


Não sei dizer quantas vezes escutei essas frases acima, de maneira variadas, mas sei que no
ano passado foi o auge!Sinceramente não me acho tão parecida assim á ponto das pessoas comentarem admiradas, mas já dizia o ditado "a voz do povo, é a voz de Deus".

Sempre foi uma das primeiras coisas que me diziam quando me conheciam, inclusive os caras que eu fiquei. Mas nenhum deles se transformou no meu Kevin Arnold...Ou viraram todos, uma vez que a Winnie e o Kevin se separam no final da série. Nunca me incomodei muito com isso, era até engraçado.

Chegou ao ponto de uma professora na faculdade ficar me chamando de Winnie, em vez de dizer meu nome.

Contudo, como eu havia dito alguns posts abaixo, eu iria fazer algumas mudanças. Comecei pelo visual.






E agora? Será que alguém ainda vai me perguntar se eu assistia Anos Incríveis?







Foto 1: Eu


Foto 2: Ela, Danica Mckellar ou mais conhecida por Winnie Cooper. (By Google)


Foto 3 e 4: Eu e meu novo visual!